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segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Nos quartos-de-final

Na competição que temos mais hipóteses de ganhar, seguimos em frente depois de derrotarmos o Paços de Ferreira por 4-1. No entanto, o resultado é um pouco enganador, já que estivemos longe de fazer uma boa exibição. Mas vá lá que conseguimos o essencial, que era seguir em frente, já que uma eliminação em plena Luz e perante um adversário que está em penúltimo lugar no campeonato seria um rombo difícil de suportar.

Entrámos pessimamente no jogo e logo aos 2’ sofremos um golo, cortesia a meias entre o Edcarlos e o Nélson. A alinhar no habitual esquema dos dois trincos (Katsouranis e Maxi Pereira), três médios (Assis, Rui Costa e C. Rodríguez) e com o estreante Makukula sozinho na frente, fomos pouco mais que inofensivos durante grande parte da 1ª parte. O único jogador que sabe transportar a bola, obviamente o maestro, tinha que recuar muito para a receber, o que fazia com que depois faltassem homens na frente. Bastou que o Camacho fizesse uma substituição aos 30’ para que as coisas mudassem radicalmente. A entrada do Cardozo para a saída do inenarrável Edcarlos (hoje estive pertíssimo de assobiar um jogador do Benfica pela 1ª vez na vida...) provocou o recuo do Katsouranis para central, do Rui Costa para o meio-campo e alterou completamente a nossa maneira de jogar. Aliás, se o Camacho gosta assim tanto de dois trincos, não percebo porque é que não joga com o Rui Costa ali, permitindo a entrada de outro avançado, já que a diferença de produção é abissal e contra a maioria das equipas do nosso campeonato não há necessidade nenhuma de ter dois jogadores defensivos no meio-campo. Após alguns remates com relativo perigo da nossa parte, aos 40’ o Sr. Augusto Duarte assinalou um indiscutível penalty a nosso favor por falta sobre o C. Rodríguez, depois de uma óptima assistência com o peito do Makukula. É inequívoco que o jogador do Paços impede o uruguaio de rematar, colocando o seu pé à frente do do nosso jogador. O Cardozo lá enviou um dos seus balázios habituais nestes casos e chegámos ao intervalo com a partida igualada.

A 2ª parte começou tal como acabou a 1ª, com outro penalty claríssimo a nosso favor e feito pelo mesmo jogador. Logo aos 50’, o Tiago Valente quis levar a camisola do Makukula para casa e esteve quase a consegui-lo, mas acabou por ter que ir para a rua sem a desejada prenda. O Sr. Augusto Duarte estava perto do lance, mas teve que ser o fiscal-de-linha a assinalá-lo. É a chamada competência... O Cardozo repetiu a dose e colocávamo-nos em vantagem no marcador e no número de jogadores em campo. Com mais espaço construímos algumas jogadas interessantes, que só não deram golo por falta de pontaria do Makukula e porque o guarda-redes resolveu fazer uma grande defesa depois de um cabeceamento do Katsouranis ao primeiro poste na sequência de um canto. É uma jogada que durante a época passada nos deu vários golos, mas que demorámos seis meses a repeti-la este ano. Incompreensível... O Paços de Ferreira só criava perigo através de bolas paradas e o Sr. Augusto Duarte, naturalmente para compensar os dois penalties marcados, começou a distribuir amarelos para os nossos jogadores e a arranjar faltas contra nós. Mas aos 78’ as dúvidas acabaram. Um bom cruzamento do Cardozo permitiu ao Assis fazer pontaria para fora, só que felizmente a bola ressaltou num adversário e sobrou para o Rui Costa que a colocou no sítio certo. Não contente com isto, o maestro ainda deu oportunidade ao Assis de se redimir ao oferecer-lhe o 4º golo mesmo no último minuto, num bom remate de primeira de fora da área. De seguida saiu para a standing ovation e pouco depois o jogo acabou.

Os jogadores que mais sobressaíam foram o Cardozo, cuja entrada foi essencial para outra movimentação da equipa e pelos golos que marcou (já lá vão 15), o Rui Costa, que curiosamente fez uma má 1ª parte e depois foi o que se viu, e o Nuno Assis, que na fase do desacerto foi dos que mais lutou e tentou imprimir alguma velocidade ao nosso jogo. O Katsouranis melhorou imenso quando recuou para central, o Maxi Pereira continua a passar pelos jogos sem fazer nada de relevante, o Nélson esteve incrivelmente desconcentrado (ele que até vinha subindo de forma), o Leó e o Rodríguez subiram imenso na 2ª parte, e o Edcarlos fez a pior meia-hora que eu vi a um jogador do Benfica em muito tempo.

Espero que este resultado sirva, quanto mais não seja, para elevar um pouco o moral e a confiança da equipa. Temos um jogo muito importante na 5ª feira e se jogarmos como na primeira meia-hora não se augura nada de bom. Ah, e já agora que o Camacho se convença de vez que temos que alinhar com dois avançados.


P.S. - Como as coisas estão e como os quartos-de-final serão três ou quatro dias antes de irmos ao WC, era bom que, não podendo ser o isento, nos calhasse o Moreirense em casa.

1 comentário:

slbcarlitos disse...

Precisamos agora de outro resultado igual contra o nuremberga.
O jogo valeu pela exibição do Rui e pela estreia do Makukula. Passámos à próxima eliminatória que é o que interessa.
Abraço