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terça-feira, setembro 30, 2008

Arsenal - 4 - FC Porto - 0

Excepcionalmente escreve-se o nome do clube regional corrupto neste blog para melhor se saborear a magnífica simbiose entre as letras e os números do título em epígrafe. Tudo a bem da estética, claro está.

P.S. - Se me tivessem dito o resultado sem eu ter visto o jogo, ficaria muito contente. Tendo-o visto, confesso que me sinto um pouco frustrado. A 2ª parte do clube regional corrupto foi absolutamente confrangedora. Estivemos tão perto de um resultado (ainda mais) inolvidável...

domingo, setembro 28, 2008

Limpinho

Uma óptima 2ª parte, alicerçada na entrada do Katsouranis, permitiu-nos voltar a ganhar aos lagartos em casa (2-0) ao fim de três anos. Foi uma exibição em crescendo e a vitória é indiscutível. O que mais me tranquiliza é que se vê a evolução da equipa de jogo para jogo (ao contrário do que acontecia na época passada, em que a uma boa partida se sucediam pelo menos cinco más). Espero que esta dinâmica se mantenha para a próxima 5ª feira e que possamos chegar à fase de grupos da Taça Uefa.

O Quique Flores surpreendeu-me ao alinhar com a mesma equipa de Paços de Ferreira. Concordei com a manutenção do Miguel Vítor, apesar da disponibilidade do Katsouranis (aquele jogo com o clube regional corrupto ainda me está atravessado...), mas já não com a do nº 25 em vez do Léo. Na 1ª parte a nossa defesa em linha foi batida por duas vezes e os lagartos criaram outras tantas possibilidades de golo. Continuo a não perceber a manutenção deste sistema (não vejo nenhuma grande equipa europeia a jogar assim) que nos poderia ter custado um golo logo no início do jogo, não fosse a má pontaria do Djaló. Nós também tivemos duas oportunidades, com um remate do Cardozo quase de meio-campo e um lance do Maxi Pereira pela direita com um remate cruzado que o Nuno Gomes conseguiu desviar, mas por cima da barra.

Na 2ª parte, o Quique trocou o Ruben Amorim (que até nem estava a jogar mal) pelo Katsouranis e o que é certo é que a partida mudou completamente. Os lagartos deixaram de existir e nós fomos para cima deles. Tivemos um par de remates perigosos antes de o Reyes tirar um coelho da cartola com o 1º golo aos 66’. Por esta altura, já o Aimar tinha substituído o Nuno Gomes (espero que tenha sido para o salvaguardar para 5ª feira, já que em jogo jogado foi bastante melhor que o Cardozo) e foi ele que fez a tabelinha com o espanhol para um remate deste com a parte exterior do pé (recuso chamá-lo de trivela!) que levou a bola ao canto inferior da baliza. Cinco minutos depois acabámos com o jogo quando um livre muito bem marcado pelo Carlos Martins encontrou a cabeça do Sidnei para o 2º golo. Até final os lagartos só tiveram uma oportunidade (já nos descontos) em que o Quim defendeu bem um remate do Djaló. Nós limitámo-nos a controlar a partida e mais uma vez terminámos com 10 porque o Carlos Martins rebentou a cinco minutos do fim e já tínhamos feito todas as substituições. Definitivamente este é um aspecto a rever.

Em termos individuais há que destacar o Reyes, que demonstra melhorias a cada jogo que passa. Está muito mais interventivo nas acções defensivas e mais desequilibrador no ataque, se bem que ainda se agarre um bocadinho à bola. Voltei a gostar muito da dupla teenager de centrais e do Yebda, que é um poço de força. Estou convencido que os médios-centro estão encontrados, porque a melhoria que tivemos com o Katsouranis não pode ser desaproveitada. O grego, se jogasse futebol de salão, seria o melhor jogador do mundo, porque é incrível como parado(!) consegue descobrir linhas de passe para os companheiros. Além disso, a sua movimentação demonstra uma inteligência acima da média. Outro jogador que neste tipo de jogos se destaca sempre é o Maxi Pereira. Muito seguro a defender, sem medo do choque, e ainda com tempo de apoiar o ataque. O nº 25 melhorou bastante em relação ao Paços, mas eu hei-de sempre preferir o Léo. O Quim também subiu de produção (aliás, descer seria impossível...) e o Nuno Gomes mantém-na alta. O Cardozo foi talvez o jogador cuja diferença em relação ao que pode fazer foi maior. Não esteve muito feliz, mas também não é fácil passar o jogo todo a ser puxado e agarrado e não ver assinalada uma(!) única falta. Numa partida em que todos deram o litro é difícil encontrar aspectos negativos, o que é muito bom sinal.

O Sr. Duarte Gomes demonstrou mais uma vez que é um árbitro mediano. Os jogadores não lhe deram muitos problemas, mas é incrível como é que não mostrou amarelo a um agarrão ao Cardozo e a um pontapé do Moutinho ao Reyes. O momento mais inacreditável foi quando o Tonel resolveu saltar ao eixo com o Cardozo e o árbitro assinalou falta... atacante! Aliás, em caso de dúvida era sempre a favor dos lagartos. Isto já para não falar do penalty do Postiga sobre o Yebda (puxão descarado do braço) perto do intervalo.

O Carlos Martins e o Aimar saíram tocados, mas espero que não seja nada de grave que os impeça de jogar na 5ª. Já temos a equipa desfalcada o suficiente para nos darmos a esse luxo. Desejo que esta boa vitória faça com que a lotação esgote nesse jogo. A equipa não só precisa disso como o merece. E afinal há já dois anos (desde a partida com o clube regional corrupto em 2006/07) que não temos lotação esgotada na Luz.

P.S. – O momento mais cómico do jogo foi ao intervalo quando vejo um casal de lagartos a perguntar a uma senhora onde é que era a casa-de-banho. Que pena não terem perguntado a mim...

terça-feira, setembro 23, 2008

Sofrimento escusadíssimo

Vencemos em Paços de Ferreira (4-3) e finalmente conquistámos os três pontos no campeonato. Só que estou com uma tal sensação de cansaço e incredulidade quase como se não tivéssemos ganho. Como é que é possível estarmos duas vezes com dois golos de diferença (1-3 e 2-4) e sofrermos um para a vantagem mínima? Esta partida tinha tudo para se tornar um pro-forma e só não empatámos porque nos últimos minutos houve uma bola que rasou o poste. Acabámos por ter bastante sorte.

Com os castigos ao Luisão e Katsouranis, jogaram os teenagers Miguel Vítor e Sidnei, que até deram boa conta do recado. Mais estranha foi a opção pelo nº 35 25 em vez do Léo. Desejo sinceramente que não seja para continuar. Entrámos muito bem no jogo e logo aos 7’ o Nuno Gomes correspondeu muito bem a um bom centro do Reyes, depois de uma abertura fantástica do Carlos Martins. Pensei que estaríamos finalmente perante uma partida fácil, mas foi puro engano. Permitimos o empate aos 14’ em mais um golo em que o adversário beneficiou de um desvio de um defesa nosso. Não reagimos muito bem, mas mesmo assim conseguimos colocar-nos de novo em vantagem aos 31’ depois de outra boa jogada atacante, em que o Ruben Amorin centrou para o Nuno Gomes e o Maxi Pereira finalizou de recarga. Um pouco antes do intervalo, outra boa jogada de combinação resultou num indiscutível penalty a nosso favor, que o Cardozo concretizou da maneira habitual: ia furando a rede. Mesmo em cima dos 45’, o Sidnei faria o 1-4 se um defesa em cima da linha não tivesse tocado na bola com a ponta do joelho.

A 2ª parte foi um descalabro. Quando se esperava que nós, com dois golos de vantagem, conseguíssemos controlar a partida e num contra-ataque marcássemos, aconteceu precisamente o contrário. Mostrámo-nos estranhamente nervosos e sem capacidade em ter a posse de bola. E, depois, temos um grande problema: agora que é titular indiscutível da selecção, é que o Quim se lembrou de abrir o aviário. É o 3º (!) jogo seguido em que dá um frango, sendo que este foi o pior deles todos. Largou uma bola facílima num canto curto e foi o 2-3 aos 63’. Curiosamente reagimos bem a este golo e, com a entrada do Aimar, conseguimos ser mais objectivos no ataque, o que nos proporcionou o 2-4 num bom remate do nº 35 25. Com dois golos de vantagem e 14’ minutos para jogar, pensei que o jogo seria ganho sem mais sofrimento. Segundo engano da noite. Em mais um lance de bola parada e beneficiando de um ressalto na área, o Paços fez o 3-4. Foram 9’ de sofrimento (já contando com os descontos), em que a tal bola que passou rente ao poste e uma defesa do Quim (ambas situações de bolas paradas) tiraram-me cinco anos de vida. E não os recuperei quando o Sr. Bruno Paixão apitou.

Não tenho encontro justificação para o que se passa com o Quim, mas parece-me inevitável uma passagenzinha pelo banco. Quem dá frangos em três jogos consecutivos tem que ser protegido pelo treinador. De igual modo, espero que o golo do nº 35 25 não lhe garanta a titularidade frente aos lagartos. Foi a única coisa de jeito que fez em toda a partida, sendo um autêntico passador no lado esquerdo da defesa. Ao invés, gostei dos centrais. Os golos dos adversários não são culpas deles, já que em bolas paradas toda a equipa defende. O Carlos Martins também fez uma boa partida (vários passes para desmarcar os colegas) e o Yebda mais uma vez mostrou que é um jogador muito útil, mas que não dura o jogo inteiro. O Ruben Amorim foi uma agradável surpresa e foi um erro enorme do Quique tirá-lo aos 78’ para colocar o inconsequente (e provocador de faltas estúpidas) Balboa. O Reyes fez a melhor partida desde que está no Benfica. Muito perigoso no ataque e muito generoso a defender, foi outro que não deveria ter saído, ou pelo menos se saísse não era para entrar o Di María que não defende nada. Faltava 1’ para os 90’, mas mesmo assim ainda deu para as tais duas oportunidades do Paços. No ataque, o Nuno Gomes foi dos melhores da equipa, mas aquela atitude, com um árbitro mais rigoroso, poder-lhe-ia ter provocado a expulsão. Não pode, nem deve fazer isso, já que ainda por cima é o capitão de equipa. O Cardozo não esteve tão bem como em partidas anteriores, mas mesmo assim correu muito (nem sempre bem, é certo) e lá marcou um golito.

Com esta vitória e o empate do clube regional corrupto em Vila do Conde, estamos igualados com eles e com os lagartos a quatro pontos. É fundamental ganharmos-lhes no sábado, mas não vai ser fácil. Desde a oferta do Ricardo que não os vencemos em casa e eles vêm moralizados pelas vitórias. Espero que melhoremos nos aspectos defensivos, porque sofrer seis golos em dois jogos é muito. E, já agora, que o Quique seja mais feliz nas substituições.

quinta-feira, setembro 18, 2008

Pouca inteligência

Fomos derrotados em Nápoles por 2-3 num resultado que até acaba por ser bom considerando o que foi o jogo. A eliminatória está obviamente em aberto, somos superiores aos italianos, mas temos que ter muito cuidado com os contra-ataques deles na Luz.

Entrámos bem e um remate de 35m do Reyes ia surpreendendo o guarda-redes. Marcámos logo aos 16’ através de um bom cabeceamento do estreante Suazo na sequência de um canto bem marcado pelo Carlos Martins. Mas estranhamente desconcentrámo-nos e permitimos a reviravolta em apenas 2’(!), sofrendo dois golos dignos dos infantis, com ressaltos estranhos e a defesa a dormir. O nosso meio-campo tinha grandes dificuldades em segurar a bola e esta não chegava aos avançados. O Nápoles, por seu turno, era muito rápido no contra-ataque e criou algumas situações bem complicadas para nós. Até ao intervalo poderíamos ter sofrido mais golos, especialmente num lance em que o Quim, numa cópia perfeita do 2º golo da Dinamarca, falhou a intercepção num canto e só a cabeça do Léo impediu a bola de entrar na baliza. Na 2ª parte, o Nápoles baixou de rendimento, mas mesmo assim ainda chegou ao 3-1 (54’), noutro lance esquisito, em que um cruzamento bateu nas costas do Léo e o Quim foi muito lento a reagir. Durante 5’ pensei que a eliminatória estava perdida, mas noutro lance de bola parada o Luisão amenizou a derrota e permitiu-nos ter esperanças para a 2ª mão.

Um dos grandes problemas do Benfica foi o sub-rendimento de alguns jogadores, nomeadamente o Di María, Urreta e Carlos Martins. O Balboa, que entrou ao intervalo para o lugar do jovem uruguaio, também mal se viu. O Reyes esteve melhor que contra o clube regional corrupto, mas agarra-se muito à bola. O Yebda fez uma boa 1ª parte, mas afunda-se a partir dos 60’. O Maxi Pereira sentiu bastantes dificuldades no flanco direito e o Quim atravessa uma fase de menor fulgor (espero que seja passageira). Pela positiva destaco a boa estreia do Suazo (não engana ninguém quando ao seu valor), mas a regra que diz que em Portugal sobre o Cardozo nunca é falta, parece que em Itália se aplica a ele. Igualmente bem esteve o incansável Léo, mas o melhor de todos para mim foi o Luisão. Apesar de na 1ª parte ter sido apanhado no meio daquela desconcentração colectiva, subiu imenso na 2ª e fez alguns corte importantíssimos. Também não desgostei do Sidnei, considerando a sua idade. O Nuno Gomes voltou a entrar bem na partida, assim como o Katsouranis, que depois da burrice frente ao clube regional corrupto, começou o jogo (e bem) no banco.

Não poderia deixar de referir a arbitragem VERGONHOSA do Sr. Bjorn Kuipers, holandês de nascimento e certamente amante de fruta. Desde as saudosas actuações do Sr. Isidoro Rodrigues no Varzim-Benfica (2001/02) e do Sr. Carlos Xistra neste jogo, que eu não me irritava tanto com uma arbitragem. Como previu o Blog da Bola, depois da roubalheira que foi o Basileia contra o V. Guimarães, estamos nós também a pagar a desfaçatez de lutarmos pela justiça no TAS e afins. Desde o 2º amarelo perdoado ao Blasi (cujo treinador o fez sair logo ao intervalo), o vermelho directo que nem amarelo foi daquela entrada à Bruno Alves que ia matando o Suazo (jogou em inferioridade física – já tínhamos esgotado as substituições - a partir dessa altura), passando por lances duvidosos sobre o hondurenho e o Sidnei na área, valeu praticamente tudo. Vamos ver a peça que nos vai calhar no jogo de cá, mas se for um semelhante a este provavelmente não teremos hipóteses nenhumas em passar.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Inacreditável

Portugal perdeu hoje em casa frente à Dinamarca (2-3) num jogo em que aos 81’ estava 1-0. Quando se falham q-u-a-t-r-o(!) oportunidades de baliza aberta (literalmente) com o resultado em 1-0 ficamos sempre sujeitos a estas coisas. Simão, Nani, Danny e Nuno Gomes não conseguiram concretizar e, nos últimos minutos, uma saída à Ricardo do Quim num canto e um remate desviado pelo Pepe transformaram uma vitória certa (e justa) numa derrota muito difícil de engolir.

Não acho que tenhamos jogado mal (o Deco está numa super forma), mas o que é certo é que nos primeiros 5’ poderíamos ter sofrido logo um golo. O jogo foi bastante disputado, mas merecíamos claramente a vitória. Só que a aselhice paga-se caro. Ainda conseguirmos colocar-nos novamente em vantagem (85') através de um indiscutível penalty depois do 1-1, mas a forma como não conseguimos controlar a partida depois disso foi confrangedora. Assim, a vitória em Malta (4-0) no passado sábado, com uma boa 2ª parte, vai cair rapidamente no esquecimento. O próximo jogo é na Suécia e, se sairmos derrotados, começaremos a ver a África do Sul por um canudo.

O outro é que era “burro”, mas ou muito me engano ou andaremos de calculadora em mão durante toda esta fase de qualificação.