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domingo, setembro 27, 2015

Agradável

Vencemos o Paços de Ferreira por 3-0 e continuamos com um registo 100% vitorioso na Luz. O problema até agora é que ao pleno de vitórias na Luz corresponde um pleno de derrotas fora de casa, com a agravante de ainda não termos conseguido marcar. No entanto, esta jornada acabou por ser bastante produtiva, porque o CRAC empatou em Moreira de Cónegos (2-2) e a lagartada cedeu igualmente dois pontos no Bessa (0-0), pelo que reduzimos a diferença para os primeiros classificados para dois pontos e, mais importante do que isso, recuperámos a vantagem psicológica de voltarmos a depender de nós.

O Rui Vitória apostou no mesmo onze de Mordor, o que me causou algum espanto, porque em termos teóricos não via a necessidade de alinharmos com dois trincos em casa frente ao Paços de Ferreira. No entanto, o André Almeida acabou por ser dos melhores em campo. A 1ª parte foi muito complicada, porque o Paços revelou-se uma equipa sem autocarro e criou alguns problemas ao Júlio César. Por outro lado, fechava-se bem na defesa e nós não conseguimos criar muitas oportunidades. Quando eu já estava a ver mais uma 1ª parte deitada ao lixo, eis que surge um dos génios que actua em Portugal: aos 34’, o Jonas recebe a bola perto da área e desfere um remate em arco de pé esquerdo que a fez entrar no ângulo superior esquerdo da baliza depois de embater na barra. Um golão! Logo na jogada seguinte, o Paços poderia ter empatado numa desconcentração defensiva nossa, mas ainda antes do intervalo outro remate em arco do Jonas com o pé esquerdo passou muito rente ao poste.

A 2ª parte começou de um modo muito lento, em que os jogadores do Benfica davam ideia de que o jogo estava ganho. À passagem do primeira quarto de hora, o Mitroglou isolado permitiu que o guarda-redes Marafona interceptasse um remate seu, mesmo depois de o grego o ter contornado, mas aos 67’ a partida ficou sentenciada quando o Gaitán assistiu o Gonçalo Guedes para este se estrear a marcar pela equipa principal num remate que ainda foi desviado por um defesa traindo o guarda-redes. O Paços baixou os braços e seis minutos depois novo cruzamento do génio argentino e assistência do Gonçalo Guedes para o Jonas bisar e fazer o 3-0. Até final, o Júlio César ainda fez uma boa defesa e o Luisão atirou uma bola à barra com o ombro.

Em termos individuais, o Jonas foi obviamente a figura de destaque. Novo bis e a liderança isolada dos melhores marcadores com sete golos em seis jogos. O Gaitán esteve em dois dos três golos, mas não foi tão constante na sua genialidade como em partidas anteriores. O Gonçalo Guedes, numa daquelas situações em que o futebol é fértil, estava péssimo no jogo, mas acabou por marcar um golo e fazer uma assistência. Ou seja, foi um jogo memorável para ele. Como já referi, o André Almeida surpreendeu-me pela positiva, mas o Mitroglou é que esteve uns furos abaixo do que é habitual.

A equipa tem vindo a melhorar as exibições e isso é algo que obviamente me alegra, porque nos últimos anos essa tinha vindo a ser a regra. Iremos agora a Madrid defrontar o Atlético para a Champions, mas há que não perder de vista que o objectivo principal é o tri e que por isso uma vitória frente ao União da Madeira para a semana na Choupana é que é fundamental.

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