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terça-feira, março 14, 2017

Fácil

Goleámos o Belenenses na Luz por 4-0 e mantivemos a vantagem de um ponto perante o CRAC e os 12 em relação à lagartada. Depois de um compromisso europeu, o que mais se deseja é um jogo tranquilo e uma vitória confortável, que foi o que felizmente acabou por acontecer.

Com o Nélson Semedo a constituir-se como baixa de última hora, o Rui Vitória voltou a apostar no André Almeida, indiscutivelmente o jogador mais útil do plantel. Incompreensivelmente, no entanto, foi ter colocado o Cervi, um dos melhores em Dortmund, no banco. Não percebo porque é que o argentino é sucessivamente preterido, quando é quanto a mim o extremo com melhor rendimento do plantel. Entrámos muito fortes na partida e o Belenenses mal passava do meio-campo. Inaugurámos o marcador aos 12’ no primeiro golo de sempre do André Almeida para o campeonato, aproveitando uma falha incrível do Miguel Rosa, depois de um passe longo do Pizzi. Marcávamos bastante cedo o que, desejar-se-ia, nos catapultasse para uma boa exibição, mas isso não aconteceu na 1ª parte. Depois de golo, baixámos bastante a velocidade e, como o adversário praticamente não criava perigo, fomos deixando correr o marfim até ao intervalo sem criar grandes situações de perigo.

Na 2ª parte, o jogo ameaçava não mudar e até foi o Belenenses a ter a primeira grande ocasião num remate do Miguel Rosa de fora da área ao poste. No entanto, logo na jogada seguinte aos 52’, começámos a arrumar de vez a questão com o 2-0 num remate do Mitroglou de fora da área, bastante colocado, depois de uma assistência do Salvio. Pouco depois, só a aselhice do Maurides não permitiu ao Belém reduzir, quando cabeceou ao lado completamente sozinho. Continuamos a revelar momentos de desconcentração preocupantes que, perante adversários mais fortes, nos podem sair bastante caros. Aos 60’, tudo ficou resolvido em definitivo com o Salvio a marcar o terceiro golo num remate rasteiro de fora da área depois de um passe do Zivkovic. O jogo ficou ainda mais aberto, com algumas boas combinações atacantes da nossa parte que não resultaram em golo porque o último toque não saía bem e o Belenenses a ter igualmente um par de ocasiões perigosas, uma das quais proporcionou ao Ederson a melhor defesa do encontro. Já em tempo de compensação, o Samaris isolou o Mitroglou, que estava ligeiramente adiantado em relação ao defesa, o nosso goleador não foi egoísta e deu para o Jonas desviar do guarda-redes Cristiano e fechar a contagem nos 4-0.

Os espectadores da Luz escolheram o André Almeida para melhor em campo e não se pode dizer que estivessem errados. Já o disse várias vezes e nunca é demais repetir: espero bem que ele faça a carreira completa no Benfica, porque é muito complicado arranjar um jogador que faça tantas posições em campo de um modo tão regular. Além disso, é tricampeão, é dos mais velhos no plantel e a mística passa por jogadores assim. O Pizzi parece querer voltar à boa forma e, especialmente na 1ª parte, foi dos poucos a querer dar um safanão ao jogo. O Salvio estava a ser dos piores, mas termina a partida com um golo e uma assistência. Não se pode criticar um jogador assim. Ao invés, o Zivkovic já esteve em muito melhor forma do que agora o que torna ainda mais difícil de compreender, digo-o mais uma vez, a ostracização do Cervi… Depois de dois jogos menos conseguidos, o Eliseu voltou à regularidade habitual. Na frente, espero que o golo ajude o Jonas a recuperar mais rapidamente o seu nível e o Mitroglou continua a facturar sem espinhas.

Teremos agora a deslocação a Paços de Ferreira antes da pausa das selecções. Como a seguir a esta receberemos o CRAC, é mais do que nunca fundamental garantir os três pontos. Estamos longe de encantar a nível exibicional, mas isso é de somenos importância perante o mais importante: a possibilidade de conseguir algo inédito na nossa história.

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