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domingo, setembro 10, 2017

Medíocre

Vencemos na 6ª feira o Portimonense por 2-1 na Luz, mas como os outros dois também ganharam (a lagartada 3-2 na Vila da Feira e o CRAC 3-0 em casa frente ao Chaves) continuamos a dois pontos deles. O título deste post acaba até por ser benevolente em relação ao nosso jogo e podemos considerar-nos felizes por o ter ganho.

O Samaris no lugar do Filipe Augusto e o Zivkovic no do Rafa foram as alterações em relação a Vila do Conde, mas à semelhança desta partida voltámos a desperdiçar a 1ª parte. Um remate do Jonas por cima logo no início e um cabeceamento também dele ao lado foram os nossos únicos lances de perigo, enquanto do outro lado o Bruno Varela foi obrigado à melhor defesa do jogo. O Portimonense surpreendeu-me pela boa qualidade do seu futebol (o japonês Nakajima deu-nos água pela barba especialmente nos primeiros 45 minutos) e fiquei a perceber porque é que o Vítor Oliveira fez as suas equipas subirem dez vezes da Liga de Honra.

Na 2ª parte, entrou o Salvio para o lugar do apagadíssimo Cervi, mas o jogo continuou muito complicado. E pior ficou quando aos 56’ sofremos o 0-1 através do Fabrício, que depois de bater o Luisão sobre a esquerda rematou rasteiro em arco, não dando hipóteses ao Varela. Pelo modo como estavam as coisas, connosco a nem sequer conseguir criar oportunidade, temi o pior, mas no futebol tudo pode mudar num segundo e assim foi aos 59’, quando o Salvio foi derrubado na área. Como estava isolado, o adversário foi expulso e o Jonas não perdoou no penalty. Logo a seguir, entrou o Filipe Augusto para o lugar do Lisandro, recuando o Samaris para central. Estando a jogar com mais um era uma substituição que fazia sentido. A partir daqui, começámos efectivamente a melhorar a nossa exibição, mas foi a altura de o guarda-redes contrário, Ricardo Ferreira, entrar em acção com um par de boas defesa a remates do Jonas e Seferovic. Também o Eliseu teve uma oportunidade soberana, mas puxou para a bola para o pé direito e o remate saiu tortíssimo. Foi no minuto anterior a sair aos 73’ para dar lugar ao Jiménez. Logo na altura pareceu-me uma substituição injustificada. Não só porque estava a ser o nosso melhor período, estávamos a criar oportunidades, o Zivkovic a extremo-esquerdo estava a ser dos melhores (e iria recuar para defesa com esta substituição), já tínhamos prescindindo do Lisandro e fazer 20’ (pelo menos) só com dois defesas de raiz era arriscado, até porque o Portimonense, mesmo com dez, não se coibia de atacar, e infelizmente e o que se passou veio a dar-me razão. Na sequência de um livre, o Luisão teve uma excelente chance de cabeça, mas atirou por cima e aos 78’ chegámos finalmente à vantagem num golão inadvertido do André Almeida que falhou maravilhosamente um centro! Ainda faltava bastante tempo para o final e cometemos um erro crasso: começámos a recuar no terreno, a jogar para os lados, a chamar o adversário, mas não conseguíamos sair a jogar em velocidade para os apanhar em contrapé. O problema era que, lá está, perdíamos a bolae só tínhamos dois defesas de raiz, o que fez com que o Portimonense se acercasse com muito perigo da nossa área. O Samaris ia imitando o Lisando em Vila do Conde, mas o corte saiu ao lado da baliza e aos 88’, como já se estava a prometer há muito, o Portimonense fez um golo. Pela primeira vez na vida, senti o que era falecer e ressuscitar pouco depois, porque a bola já estava no meio-campo quando o árbitro recebeu a indicação do vídeo-árbitro de que havia fora-de-jogo na jogada do golo e o anulou. E havia mesmo, foi milimétrico, mas para isso é que existe o VAR! Pouco depois, o jogo acabou e o alívio foi enorme.

Em termos individuais, gostei do Zivkovic, não só a atacar como a defender (embora, claro que tenha sofrido quando passou para lateral). O André Almeida acabou por ser decisivo na vitória com aquele golaço sem querer e não foi pelo Bruno Varela que a corda se ia partindo. Todos os outros estiveram muito sofríveis e já se sabe que, quando o Pizzi e o Jonas, não estão bem, todo o nosso jogo se ressente.

Foi por pouco que não ficámos já a quatro pontos dos primeiros e espero que este nível exibicional mereça a preocupação do Rui Vitória. Vem aí a Champions, mas o penta é o grande objectivo da época. No entanto, a jogar desta maneira é quase certo que não o vamos conseguir…

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