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quinta-feira, outubro 12, 2017

No Mundial

Dois triunfos por 2-0, no sábado em Andorra e na 3ª feira na Luz frente à Suíça, colocaram-nos no Mundial da Rússia. Numa fase de qualificação muito competitiva, tudo se resumiu à diferença de golos entre nós e os suíços (32-4 vs. 23-7), embora, como referiu o Fernando Santos, pelo critério antigo do confronto directo também seríamos nós a ter o apuramento directo.

Na partida frente a Andorra, o Fernando Santos começou por poupar alguns jogadores, incluindo o Cristiano Ronaldo. Num relvado sintético e bastante pequeno, a nossa 1ª parte foi muito sofrível e teve que entrar o capitão ao intervalo para resolver o jogo. O C. Ronaldo marcou o primeiro golo aos 63’ e teve papel determinante no segundo aos 86’ pelo André Silva. Fomos a única equipa a vencer por dois golos no principado, o que demonstra a dificuldade de jogar num campo daqueles.

No tudo ou nada frente ao concorrente directo, a Luz naturalmente encheu. A Suíça, à qual bastaria um empate, até entrou melhor do que nós, a trocar bem a bola, embora sem criar oportunidades de golo. O jogo foi decorrendo praticamente sem balizas (só um remate do Bernardo Silva foi defendido pelo guarda-redes) até que aos 41’ acabámos por ter a estrelinha de campeão, num bom centro rasteiro do Eliseu na esquerda com o João Mário a tentar antecipar-se ao guarda-redes, mas este a defender contra o Djourou, que fez a bola entrar na baliza. Como estava o jogo na altura, foi um golo caído do céu. A 2ª parte foi completamente diferente, connosco a dominar o tempo todo, e fazendo o segundo golo logo aos 57’, numa bela jogada pela direita com assistência do Bernardo Silva para o André Silva. Até final, ainda poderíamos ter aumentado o marcador (o C. Ronaldo falhou só com o Sommer pela frente) e não permitimos que a Suíça tivesse uma única oportunidade.

Se no jogo de Andorra, o destaque individual tem que ir para o C. Ronaldo, frente aos suíços, o Bernardo Silva foi o melhor em campo, muito bem secundado pelo William Carvalho (espero que perca esta boa forma rapidamente…!). Mas no geral toda a equipa esteve em bom plano, sabendo sempre o que fazer em campo e nunca se desconcentrando, mesmo quando as coisas não estavam a correr particularmente bem na 1ª parte.

Iremos ao Mundial como campeões da Europa, o que nos dá um estatuto que nunca tivemos até agora. Veremos como decorrerão as coisas, sabendo de antemão que os milagres raramente se repetem. Mas raramente não é nunca…

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