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quinta-feira, janeiro 31, 2013

Pé e meio no Jamor

Vencemos em Paços de Ferreira (2-0) na 1ª mão das meias-finais da Taça de Portugal e só a maior vergonha da nossa história nos impedirá de estar no Jamor. Perante uma das melhores equipas da liga portuguesa (que só perdeu connosco e com o CRAC), tivemos bastantes dificuldades na 1ª parte, mas na 2ª a nossa superioridade foi incontestável.

O Jesus fez algumas alterações na equipa, com as entradas dos Andrés e do Aimar, saudando-se igualmente o regresso do Garay após lesão. O Paços de Ferreira entrou bastante melhor do que nós e só um escorreganço do Cícero, quando estava isolado perante o Artur, impediu que chegassem à vantagem logo aos 6’. Nós não imprimíamos a dinâmica habitual, até porque o Paços fazia muita pressão e raras foram as vezes que criámos perigo. Numa delas, o fiscal-de-linha assinalou mal um fora-de-jogo ao Lima e noutra o Aimar falhou o pontapé quando só tinha o Cássio pela frente. Do outro lado, também houve uma boa oportunidade num cruzamento largo para a área, mas o Artur fez bem a mancha.

A 2ª parte foi diferente, porque nós acelerámos o jogo. O Jesus trocou o Aimar, ainda sem ritmo, pelo Ola John e no minuto seguinte, aos 59’, abrimos o marcador numa boa jogada do Salvio pela direita, que fez um cruzamento-remate que o Lima desviou na pequena-área. A partir daqui, o jogo foi completamente nosso e o Paços nunca mais revelou capacidade para nos criar perigo. As coisas ficaram ainda mais facilitadas aos 70’ quando o Vítor (de quem os jornais dizem que o Benfica está interessado) resolveu pisar o Gaitán e ir para a rua (não foi lá muito bom cartão-de-visita…). Entretanto, entrou o Rodrigo que teve uma boa jogada aos 75’, culminada num remate que o Cássio não conseguiu segurar, permitindo ao Ola John fazer o 0-2 na recarga. Até final, ainda poderíamos ter marcado mais um golo noutro bom lance entre o Ola John e o Rodrigo, mas este rematou de primeira por cima.

Destaque individual óbvio para o Lima, que marcou nove golos em oito dos últimos nove jogos. Curiosamente, as coisas nem lhe saíram particularmente bem na 1ª parte, mas ter (mais) um jogador que marca com esta regularidade é priceless. Começa a ser repetitivo, mas o Matic merece outra vez referência, porque encheu o meio-campo. O André Gomes continua a revelar bons pormenores e vai ser um senhor jogador. O Salvio também não sabe jogar mal e tem novamente participação activa nos nossos golos. O Garay voltou como saiu, ou seja, excelente e o Luisão dá uma segurança imensa nas bolas aéreas. Boas entradas em jogo do Ola John e do Rodrigo (finalmente!).

Pelo modo como estamos a encarar as partidas, o encontro da 2ª mão a 17 de Abril deverá ser uma formalidade. Mas por respeito ao adversário e, principalmente, ao futebol (felizmente, nós não somos daqueles que colocam um guarda-redes a marcar penalties quando já está 2-0 no marcador…), é bom que estejamos conscientes que ainda faltam 90’ para o aguardado regresso ao Jamor, que todos nós desejamos (os clubes são diferentes, até porque um é assumidamente corrupto e outro não, mas nunca me irei esquecer do que aconteceu há dois anos…). Como disse, e bem, o Jesus, a festa da final da Taça é no Jamor e nós já estamos há demasiado tempo longe dela.

P.S. - Três palavras para a arbitragem do Sr. Cosme Machado e dos seus fiscais-de-linha: péssimo, péssimo, péssimo!

domingo, janeiro 27, 2013

Malapata quebrada

Vencemos em Braga (2-1) e mantemo-nos na liderança do campeonato. Este era um jogo em que os nossos adversários depositavam várias esperanças, mas não demos hipóteses nenhumas e conseguimos um triunfo muitíssimo importante num terreno onde não ganhávamos há quatro anos.

Entrámos muito bem na partida, com dinâmica e a criar vários problemas aos defesas contrários e pusemo-nos em vantagem logo aos 5’ através de uma boa jogada colectiva (Gaitán, Lima e Salvio) bem concretizada pelo Salvio numa recarga a um seu próprio remate. O Braga respondeu bem e num canto proporcionou ao Artur uma excelente defesa, naquela que foi a verdadeira oportunidade deles. A 1ª parte foi disputada a grande velocidade e aos 35’ aumentámos a vantagem num contra-ataque letal conduzido pelo Gaitán e concretizado pelo Lima, com um remate em que o Beto foi mal batido. Até ao intervalo, o mesmo Lima demorou muito tempo a rematar quando estava em boa posição, permitindo um corte de um defesa.

A 2ª parte foi bastante diferente, na medida em que deixámos praticamente de atacar. Adoptámos o “controlar o jogo”, algo que me tira do sério, porque é um futebol sem balizas que nós nunca fizemos com êxito na nossa história. Então, “controlar o jogo” com dois golos, arriscando-se a sofrer um e depois ficar com coração nas mãos é ainda pior. Algo contra-natura, felizmente, durante o consulado do Jesus, mas que resolvemos pôr em prática hoje. E, claro, sofremos o golito da ordem aos 77’, mas conseguimos congelar a partida desde aí e não colocar a nossa baliza em perigo. Em termos atacantes, um chapéu muito curto do Lima e uma boa jogada do Salvio com remate rasteiro para defesa do Beto foram as únicas coisas que conseguimos fazer.

Em termos individuais, o Gaitán a jogar a 10 num esquema só com um ponta-de-lança por lesão do Cardozo terá sido provavelmente o nosso melhor jogador, especialmente pelo que fez na 1ª parte. O Matic esteve no seu habitual nível alto e o Salvio também. A defesa esteve praticamente intransponível, com destaque para alguns cortes providenciais do Jardel. O Lima voltou a marcar outra vez (já tem nove golos) para além de ter feito um jogo muito esforçado na tentativa de segurar a bola, já que era o único avançado. E ainda deu para assistir ao regresso do Urreta, um jogador de quem eu sempre gostei.

Vitória essencial para não deixarmos o CRAC fugir no comando, mas agora temos que mudar o chip e olhar para 4ª feira, para o jogo da Taça de Portugal, em Paços de Ferreira. Se pudéssemos acabar já com a eliminatória, até porque o jogo da 2ª mão é no meio de um calendário muito apertado, seria fantástico.

terça-feira, janeiro 22, 2013

Importante

Vencemos o Moreirense em Moreira de Cónegos (2-0) e fechamos a 1ª volta na liderança do campeonato com apenas três empates cedidos. A uma semana de ir a Braga, era fundamental uma vitória no campo de uma equipa que, pelo que mostrou nos três jogos que fez connosco, sinceramente não percebo como é que está na última posição.

Não entrámos nada bem e logo aos 13 segundos(!) sofremos uma bola no poste pelo Ghilas. Reagimos e tivemos oportunidades para marcar em remates do Lima e Cardozo, uma cabeçada desastrada do Luisão quando estava em óptima posição, e uma grande jogada do Gaitán já perto do intervalo em que passou a bola em vez de rematar à baliza, mas mesmo assim o Salvio em esforço ainda acertou no poste quase sem ângulo. Apesar disto, fizemos uma 1ª parte abaixo daquilo que podemos e sabemos.

Ao invés, entrámos fortes na 2ª e o mesmo Gaitán poderia ter inaugurado o marcador ainda no primeiro minuto. Chegámos a marcar pelo Matic, numa recarga a cabeceamento do Cardozo, mas estava em claro fora-de-jogo. Estávamos em crescendo e, aos 49’, o Salvio aproveitou muito bem uma perda de bola do adversário no meio-campo para correr até à área e rematar cruzado para o 0-1. Finalmente conseguíamos inaugurar o marcador e a ansiedade em que estava começou a desaparecer. O Moreirense lutava, mas não era capaz de nos criar perigo e acabámos com a partida aos 71’ numa óptima abertura do Ola John, entretanto entrado, para o Lima picar sobre o guarda-redes aquando da sua saída. Até final, o Matic conseguiu controlar-se para não levar um amarelo que o impediria de jogar em Braga e ainda atirou ao poste na última jogada do encontro.

Em termos individuais, o Salvio foi o melhor em campo. Não só marcou o primeiro golo, como foram dele as acelerações mais perigosas do nosso ataque e ainda se fartou de defender. O Lima fez um jogo muito esforçado e também marcou um excelente golo. A defesa esteve sempre muito segura, com o Luisão a cortar inúmeras bolas de cabeça em lances de bola parada. A rever as reposições de bola do Artur, porque falha 50% delas. O Cardozo está numa fase de menor fulgor e ainda não marcou para o campeonato em 2013 (três jogos). O Matic também teve uma exibição menos conseguida, mas como disse o Jesus no final pode ser da acumulação de jogos.

Para a semana, temos um jogo que pode ser decisivo na atribuição do título. É imperioso quebrarmos a malapata em Braga (desde o Quique que não ganhamos…) e sairmos de lá com uma vitória. Temos obrigação de ir preparados para as faltas de luz, as proençadas e outros factores estranhos muito habituais para aqueles lados nos últimos anos.

P.S. – De realçar o esforço do Salvio na flash interview para dizer algumas palavras em português, com apenas dois anos de casa, algo que o Maxi e o Cardozo, ambos com seis anos(!) de Benfica, não fazem: falam sempre na “cancha” e na “pelota”. Haveria de ser em Inglaterra ou Itália…

P.P.S. – Claro está que o Sr. João Capela não viu um penalty do tamanho do mundo, quando estava 0-1, por mão na bola. O jogador do Moreirense estica completamente o braço quando se faz ao lance! Deve ser da escola do Alex Sandro…

sexta-feira, janeiro 18, 2013

Esmagador

Goleámos a Académica em Coimbra (4-0) e qualificámo-nos para as meias-finais da Taça de Portugal. Foi uma resposta categórica ao empate no clássico e reveladora que levamos muito a sério o objectivo de chegar ao Jamor.

Entrámos “muitáfortes” como diria o Jesus e o Cardozo deveria ter inaugurado o marcado logo aos 2’, mas preferiu rematar em jeito em vez de ser em força e um defesa cortou contra o próprio poste. Mas aos 5’ fizemos o 0-1 quando, na sequência de um empurrão ao Cardozo na área, obviamente não assinalado pelo Sr. Jorge Sousa, a bola sobrou para o Lima que deu para o Ola John rematar rasteiro fora da área. Nem deixámos a Académica respirar e aos 8’ voltámos a marcar pelo Lima, na sequência de um canto e posterior centro rasteiro do Matic. Estes dois golos de rajada deram-nos uma grande tranquilidade, que deu para deixarmos correr o marfim durante uns largos minutos. Só que a Académica não criava perigo e aos 27’ matámos de vez com o jogo num chapéu do Lima. Que golão! Antes do intervalo, poderíamos ter aumentado o marcador, mas o Peiser defendeu com a perna um remate do Cardozo, numa nova assistência do Lima.

A 2ª parte foi mais calma, como seria de esperar, mas totalmente controlada por nós. A Académica só teve um remate perigoso, bem defendido pelo Artur, enquanto nós desperdiçámos umas quantas oportunidades. Numa boa jogada entre três ou quatro jogadores nossos, o Salvio fez o 0-4 aos 71’. Até final, o Kardec e o Gaitán (ambos entretanto entrados) tiveram boas ocasiões, mas a manita não surgiu.

O Lima é obviamente o destaque do jogo, com dois golos e uma assistência. Outro que continua em grande forma é o Matic, que voltou a encher o campo. Boas exibições também do Salvio e do Enzo Pérez. O Luisão regressou e esteve regular, mas agora parece que é o Garay que se magoou num ombro e vai parar uns tempos. Valha-nos o Jardel! O Ola John marcou um bom golo, mas não fez mais nada de relevante.

Iremos defrontar o Paços de Ferreira nas meias-finais em duas mãos, mas é nossa obrigação voltar a estar no Jamor. Com o devido respeito por todos (V. Guimarães e Belenenses estarão na outra meia-final), somos mais que favoritos para vencer a Taça de Portugal. Saibamo-lo demonstrar em campo.

segunda-feira, janeiro 14, 2013

Justo

Empatámos com o CRAC (2-2) e perdemos uma óptima possibilidade de nos isolarmos na frente do campeonato. Foi uma partida bastante disputada com os quatro golos a serem marcados nos primeiros 17’(!), mas em que nunca conseguimos verdadeiramente impor o nosso futebol.

Com baixas em ambos os lados, Luisão e (menos importante) Rodrigo para nós, e James e (mais importante) Proença, Benquerença e Xistra do lado do CRAC, começámos o jogo praticamente a perder através de um golo do Mangala num livre aos 8’. Reagimos de pronto com um golão do Matic de primeira aos 10’, depois de um amortecimento do Jardel que deu boa sequência a um passe de cabeça do Cardozo. Infelizmente, o Artur resolveu mais uma vez dar uma de Roberto nos jogos em casa contra o CRAC e atrapalhou-se com a bola, permitindo ao Jackson fazer o 1-2 aos 15’. O que valeu foi que voltámos a reagir logo de seguida num fuzilamento aos 17’, aproveitando uma bola à mercê na área, depois de um cruzamento do Salvio, que não foi aliviado como deveria. O jogo estava de loucos, mas a partir daqui acalmou. Até ao intervalo, nada de mais relevante se passou.

À semelhança do jogo da Taça da Liga no ano passado, que também estava 2-2 ao intervalo, a 2ª parte foi bastante mais calma. O CRAC deixou de criar perigo e nós tivemos a grande oportunidade aos 77’, quando o Cardozo muito bem isolado pelo Gaitán permitiu que o Helton tocasse ao de leve na bola, mas o suficiente para a enviar ao poste (este malandro já safou um golo certo ao Mantorras perto do fim na época do Fernando Santos, vamos lá a ver se esta defesa também não significa um campeonato…).

Em termos individuais, o Matic encheu o campo e ainda teve a mais-valia do golo. O Gaitán também surgiu a espaços, tal como o Salvio. Os centrais (Garay e Jardel) estiveram muito bem. O Lima batalhou muito, mas pareceu um pouco perdido em campo. O Cardozo participou no nosso primeiro golo, mas foi pena que não tenha feito o 3-2. Abaixo do que fez a semana passada esteve o Enzo Pérez, e o Maxi continua muito longe da forma que nos habituou. O Melgarejo cumpriu em termos defensivos, mas não fez quase nada no ataque e o Artur teve uma noite para esquecer (para além do frango, falhou inúmeras reposições de bola). O Carlos Martins entrou bem, ao contrário do Aimar (mas também o que é que o Jesus estava à espera, depois do que vimos frente à Académica?). O Ola John deveria ter entrado mais cedo.

Não poderíamos ter mais vantagem para este jogo: vínhamos de uma série muito positiva de resultados e exibições, o CRAC vinha desfalcado e não tinha banco nenhum, e não tínhamos o Proença a decidir o jogo contra nós. É fácil criticar à posteriori, mas concordei com a equipa inicial do Jesus: este ano estamos habituados a jogar com dois pontas-de-lança e ainda na 4ª feira se viu a paupérrima exibição, enquanto jogámos só com um. Mas o que é certo é que nunca nos conseguimos impor ao meio-campo do CRAC. O Jesus não esteve bem nas substituições e a entrada do Aimar, em vez do Ola John aos 69’ foi um grande erro: o argentino está completamente sem ritmo e com a sua entrada perdemos muita intensidade. Nunca conseguimos ter bola para desenvolver o nosso jogo habitual e estivemos longe do que costumamos produzir por mérito do adversário, claro. Por outro lado, ainda não arranjámos antídoto para a atitude animal-com-os-dentes-de-fora com que estes tipos vêm sistematicamente à Luz: entrámos mal em ambas as partes e damos a sensação de sermos muito macios perante eles. E assim é quase impossível ganharmos.

P.S. – Sim, o Sr. João Ferreira poderia ter mostrado o segundo amarelo ao Matic, sim, se o Maxi visse o vermelho directo não escandalizaria (não se percebe como é que um jogador com a experiência dele tem uma entrada daquelas) e sim, há dois foras-de-jogo mal assinalados ao ataque do CRAC. A minha resposta ao choradinho do Vítor Pereira é: DÓI, NÃO DÓI, SEU PALHAÇO?!?! E vê lá tu que nenhum desses lances tem a influência no resultado como, por exemplo, um golo marcado dois metros fora de jogo quase no final de um jogo! Lembras-te?! Não foi assim há tanto tempo, seu BURRO (estou a citar o presidente do CRAC, muito bem lembrado pelo L.F. Vieira no final, na sua melhor declaração de sempre, que disse que quem falava em arbitragens era burro…)! A desfaçatez destes tipos é inacreditável e a vergonha na cara é algo que lhes é completamente chinês. Estes árbitros que não recebem conselhos matrimoniais para os seus progenitores, nem frutinhas e chocolatinhos são uma chatice, não é? Mas podemos pôr o contador a zeros. Ora bem, 30 anos, 60 jogos. Para não dizerem que eu sou exagerado, vamos contar só metade de ajudas arbitrais ao CRAC. Muito bem, ainda nos estão a dever 29 jogos, suas bestas!

quinta-feira, janeiro 10, 2013

Nas meias-finais

Vencemos a Académica por 3-2 e pelo quinto ano consecutivo passámos a fase de grupos da Taça da Liga. Foi uma partida difícil, porque como se previa alinhámos com uma equipa secundária e a Briosa não é propriamente o Desp. Aves.

Pela primeira vez na vida, só assisti ao vivo a 45’ de um jogo do Benfica na Luz. O aniversário paterno assim o obrigou já que lamentavelmente o meu pai contrariou o (bom) princípio que sempre me incutiu e que eu sigo religiosamente: quando joga o Benfica, o mundo pára! Portanto, estava desejoso que resolvêssemos a partida nos primeiros 45’, mas não tive sorte nenhuma. Aliás, deu para perceber isso logo desde o início: entrámos muito devagar e só despertámos lá para os 15’. Quando o Lima fez o 1-0 aos 39’, num lance que me pareceu fora-de-jogo no estádio, mas na TV vê-se que ele estava em linha, ainda pensei que a vitória fosse tranquila e que os jogadores do Glorioso não iriam sentir a minha falta na 2ª parte. Só que o Bruno César teve uma paragem cerebral e proporcionou o golo do empate mesmo em cima do intervalo. Escusado será dizer que saí do estádio fulo. Mas FULO mesmo!

A 2ª parte, vista já na TV, não poderia ter começado pior. Sofremos o 1-2 logo aos 49’ e pensei: “que belo jantar que vamos ter…” Andámos às aranhas até que o Jesus resolveu mexer na equipa e tirar os inoperantes Bruno César e Aimar (vindo de lesão, foi notória a falta de ritmo) e colocar o Carlos Martins e o Kardec. E foi este que virou o jogo! Marcou um bom golo de cabeça, correspondendo a um centro do Ola John, aos 61’ e desmarcou o Lima quatro minutos depois para o 3-2. Entre os dois golos, entrou o Salvio para substituir o apagadíssimo Nolito e, de facto, com estas alterações parecíamos outra equipa. Um dos problemas residiu no facto de esta época estarmos muito mais habituados a jogar com dois avançados, coisa que o Aimar nunca foi, nem será. Pouco depois do 3-2, a Académica ficou a jogar com 10 por duplo amarelo e a partida ficou resolvida. Poderíamos ter marcado mais um golo, mas o Lima atirou ao lado quando estava só com o guarda-redes pela frente e o Carlos Martins contra um defesa num livre dentro da área por atraso ao guarda-redes.

Em termos individuais, destaque para o bis do Lima e para a ressurreição do Kardec, que foi absolutamente decisivo para a vitória. Estando em todas as frentes, pode ser que tenhamos ganho mais uma opção para o ataque, além disso, as lágrimas deles depois de ter marcado o golo foi algo que nos caiu bem. O Salvio entrou bem e o Ola John melhorou na 2ª parte. Nota negativa para os já referidos Aimar (embora este com desculpa), Bruno César (parece que o jogo contra o Aves foi a excepção) e Nolito (uma das piores exibições dele pelo Benfica).

Iremos a Braga no final de Fevereiro discutir o acesso à final que será certamente contra o CRAC (recebe o Rio Ave em casa). Será um jogo muito complicado, até porque é no meio das eliminatórias da Liga Europa (caso eliminemos o Leverkusen) e o Braga jogará certamente com a melhor equipa, porque quer conquistar um título oficial. Mas é nossa obrigação defender o título conquistado nos últimos quatro anos e, além disso, tenho um leitão na Mealhada à minha espera…!

segunda-feira, janeiro 07, 2013

Convincente

Ganhámos na Amoreira por 3-1 e mantivemos a distância para o CRAC a uma semana de os defrontar na Luz. O Estoril tem feito um campeonato regular, mostrou ser uma boa equipa (especialmente na 1ª parte) e era importantíssimo ganhar os três pontos nesta partida, porque bem nos lembramos como no ano passado desperdiçámos uma vantagem de cinco pontos em apenas dois jogos antes da recepção aos assumidamente corruptos.

A 1ª parte foi bastante complicada, criámos poucas ocasiões, o Estoril deu uma excelente réplica e o 0-1 caiu um pouco do céu num canto do Cardozo(!), que à 3ª tentativa lá o marcou em condições, para o Gaitán fazer um golo soberbo de calcanhar todo no ar. Estavam decorridos 37’ e até então só tínhamos criado perigo num falhanço incrível do Tacuara (era só encostar com o pé direito e ele rematou muito mal com o esquerdo) e uma boa mancha do guarda-redes a uma entrada na área do Melgarejo. Curiosamente foram duas assistências do Rodrigo nas duas únicas intervenções de jeito que teve no jogo.

A 2ª parte começou com o Lima no lugar do Rodrigo e foi logo outra coisa. Aumentámos a pressão a meio-campo, o Enzo Pérez subiu imenso e o Estoril nunca mais se viu. Fizemos o 0-2 aos 59’ numa abertura fantástica do Gaitán para uma recepção perfeita com o peito do Lima, seguida de fuzilamento do guarda-redes. E acabámos de vez com o jogo aos 65’ num remate do Salvio que fez a bola entrar e sair da baliza. Felizmente, o fiscal-de-linha estava atento. Até final, controlámos a partida e ainda bem para aplaudir o regresso de El Mago Aimar, três meses depois de ter pisado o relvado pela última vez. A 2’ do fim, o Artur resolveu despachar já o seu frango anual e largou uma bola muito fácil num livre, que foi depois cabeceada para a nossa baliza deserta. Antes nesta jornada do que na próxima, mas fico sempre com uma sensação desagradável quando o último golo do jogo, perto do fim, não é nosso.

Em termos individuais, destaque óbvio para o Gaitán com um golo genial e uma óptima assistência. O Lima foi essencial na nossa subida de produção na 2ª parte, assim como o Enzo Pérez que se fartou de acelerar o nosso jogo. O Salvio voltou a marcar passado muito tempo e a notícia foi o Tacuara ter ficado em branco. O Garay é um senhor e mais que compensou algumas fífias do Jardel, que não estando a 100% não esteve tão bem como nas últimas partidas. O Matic mantém a regularidade e o André Almeida substituiu bem o castigado Maxi Pereira.

Estamos muito concentrados e a jogar óptimo futebol. Assim nos mantenhamos para a próxima semana. Pelo meio, temos a Académica para a Taça da Liga, onde se espera que carimbemos a qualificação para as meias-finais, enquanto se dá descanso a alguns titulares.

P.S. - Devo dizer que desejo que o Estoril se mantenha por muitos anos na I Liga, porque tem um estádio bem simpático, onde gostei imenso de me estrear. Serei visita regular sempre que lá jogar o Glorioso. A quantidade pessoas nas janelas, varandas, escadas de incêndio(!) e telhados(!) circundantes é um espectáculo por si só!

quinta-feira, janeiro 03, 2013

Goleada

Quase dois anos depois, voltámos a ter jogos na Luz para a Taça de Portugal e tivemos um feliz regresso ao derrotar o Desp. Aves por 6-0. Como se costuma dizer, foi um “jogo sem história” ou “a história do jogo foi a história dos golos”. Com 4-0 na 1ª parte, por mim, todos os jogos do Benfica poderiam ser assim: vitórias tranquilas e sem nenhum stress.

Com quatro titulares indiscutíveis na equipa (Artur, Maxi, Garay e Cardozo), um outro que é titular por lesão do Luisão (Jardel), mesmo assim apresentámos uma equipa com Gaitán, Nolito e Rodrigo, o que diz bem da qualidade do nosso plantel (Bruno César, André Gomes e Luisinho completaram o onze), já que voltámos a ter a dinâmica pré-férias natalícias. Inaugurámos o marcador logo aos 5’ pelo Rodrigo, depois de um passe do Gaitán, brilhantemente desmarcado pelo Cardozo. O Aves jogava em linha e o nosso meio-campo chamou-lhe um figo. Em apenas 14 minutos (18’, 22’ e 32’), o Cardozo terá feito o hat-trick mais rápido da carreira. Aproveitou primeiro um mau atraso de um adversário e depois duas assistências do Rodrigo para marcar em ambas de cabeça. No seu segundo golo, foi a primeira vez que festejei um golo antes de a bola entrar na baliza, porque o centro do Rodrigo foi tão teleguiado que era impossível que o Tacuara falhasse.

A 2ª parte começou com a surpresa do Matic no lugar do Jardel e o Jesus disse no final que tinha sido por lesão. Espero que recupere a tempo do Estoril, porque estamos já com o Luisão e o Miguel Vítor lesionados. Com o jogo ganho, a equipa baixou um pouco de ritmo, mas ainda deu para o Garay atirar ao poste num livre logo de início e para marcar por mais duas vezes pelo Rodrigo (57’) e pelo Lima (que substituiu o Cardozo) de penalty aos 73’. O Sr. Hugo Miguel, depois de nos ter espoliado um penalty na 1ª parte por agarrão ao Gaitán, lá marcou este na 2ª (vá lá, já melhorou em relação a este, como bem me recordou o D'Arcy). O Nolito bem quis marcar o penalty, mas o Jesus deu indicações que era mesmo para ser o Lima. Até final, ainda poderíamos ter avolumado o resultado, mas também devemos ao Artur ter ficado a zero, porque fez uma grande intervenção a um cabeceamento muito perigoso.

Em termos individuais, destaques óbvios para o Cardozo (três golos e uma pré-assistência) e para o Rodrigo (dois golos e duas assistências). Gostei bastante (até que enfim!) do Bruno César, que, depois de ter estado metade da época a dormir, espero que finalmente tenha acordado em 2013. O Gaitán também não esteve mal, ao contrário do Nolito, sempre muito voluntarioso, mas algo trapalhão (no entanto, conseguiu dominar uma bola na 1ª parte, junto à linha lateral, que deveria ficar nos livros).

Uma das grandes vantagens do Benfica do Jesus é jogar sempre da mesma maneira, com a mesma intensidade, em qualquer competição. Não há cá folgas ou jogos mais relaxados. Sim, porque eu não tenho memória curta e lembro-me bem disto ou, principalmente, disto. Fomos, como ele disse no final, sérios, respeitámos o adversário e a competição. Falou no objectivo da dobradinha na flash interview e falou muito bem, porque há 25 anos que não a conseguimos. Teremos na próxima eliminatória um jogo muito difícil em Coimbra, em que deveremos estar com atenção para ver com quantos jogadores a Académica vai estar em campo. Ninguém ainda se esqueceu disto, pois não? Como este é o jogo antes das meias-finais a duas mãos, será uma óptima oportunidade para tentar desequilibrar a balança a nosso desfavor e, nesta altura, em Portugal, isso parece só ser possível com mais de 11 adversários.

terça-feira, janeiro 01, 2013

Ano Novo

Não vou perder tempo a fazer desejos ínvios para 2013. Tudo leva a crer que será ainda pior que 2012. Quem está desempregado, provavelmente assim continuará, e quem está empregado vai levar um rombo gigantesco no salário para continuar a alimentar esta corja de vigaristas, hipócritas e desavergonhados que controla o país. Portanto, só desejo duas coisas para 2013: saúde para todos os que merecem e, claro, que o BENFICA seja campeão!